Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas

Parece que Portugal desmaiou...

Apesar de tudo o que rodeia estes tempos menos felizes, com menos razões para sorrir, não deixa de ser um dia "solene". E não queria deixar de o assinalar.

 

Percebo que a este dia se tivesse chamado em tempos (bem idos, espero) Dia da Raça. É-o de facto. É certo que o termo remete o nosso imaginário, quase intuitivamente, para uma ideia de preconceito e segregação racial, logo, naturalmente, para a ideia hedionda de racismo. Mas não o é em todas as suas acepções.

Ao mesmo tempo parece estranha esta ideia, a esta distância, não admira, mas parece estranha a ideia porque celebrar Portugal é celebrar também (e por que não sobretudo) a diversidade cultural e linguística que uma pluralidade de raças mantém orgulhosamente sob a mesma égide. Na verdade, em sentido próprio, raça também define um conjunto de ascendentes e descendentes de um povo. E são estes que celebramos!

O povo de que falo não sabe de geografias, não olha à cor da pele, não tem credo definido! Falo de um povo universal e multifacetado, multirracial, multicultural e plurilingue, que não atende à mesquinha fraqueza humana das fronteiras que separam e das barreiras que dificultam.

Portugal é esse povo que perdura onde há um rasto de descendência portuguesa.



Portugal somos nós!



Uma nota sobre o episódio protagonizado, malgré lui, pelo Sr. Aníbal Cavaco Silva.

 

O Presidente, naquele momento, foi o reflexo perfeito do estado em que se encontra, hoje, a nação. Entorpecida. Esvaecida. Caduca.

De resto, igual a si próprio: uma coisa chocha, monocórdica, sem sal que, no entanto, perde a tensão e desmaia. Bom, eu sou daqueles que pensa que vai desmaiar sempre que abre a boca. O que tem feito pouco e com pouco critério nos seus mandatos.

Tão grande é o mal que lhe desejo como o respeito que lhe tenho. Nenhum. Que recupere bem, que acabe o mandato e que vá gozar as suas reformas mais a Maria (suspeita-se que isso já ele faz há algum tempo). Não tenho nenhum respeito por ele porque, um, não o conheço, dois, é mau presidente. Ponto.

É a Hora!